segunda-feira, maio 24, 2010

Atriz iraniana pode ser condenada à morte por ser homossexual
A vida da atriz iraniana Kiana Firouz virou filme e ele estreia hoje, em Londres. Cul-de-Sac, dirigido por Ramin Goudarzi Nejad e Mahshad Torkan, traz a jovem no papel central do longa autobiográfico que narra sua luta contra a deportação para o Irã, país em que a homossexualidade é um crime que pode levar à pena de morte.

Segundo o The Australian, sua luta na vida real começou em Teerã, quando agentes da Inteligência iraniana começaram a persegui-la e intimidá-la, fazendo com que ela fugisse para a Grã-Bretanha, onde vive atualmente.
Firouz pediu asilo, mas teve seu pedido negado pelo Home Office, departamento encarregado das questões relacionadas à imigração. O argumento foi o de que, uma vez no país, ela poderia esconder sua orientação sexual.
Ela entrou com recurso mas, se o direito de asilo não for concedido, a atriz será deportada para o Irã, onde será torturada e, provavelmente, morta. Especialmente agora que, devido à publicidade em torno do filme, o fato de ser lésbica não será mais um segredo.
"Ela pode ser executada não só por ser lésbica, mas por envergonhar o Regime", comentou Paul Canning, editor de um site que luta pelos direitos dos homossexuais.
"Fioruz estará em extremo perigo, não apenas porque é assumidamente lésbica, mas porque o filme mostra as autoridades iranianas de forma negativa. Eles irão fazer dela um exemplo", disse um de seus representantes.
Em uma visita aos Estados Unidos, em 2007, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, declarou que não existe homossexualidade no pais. As autoridades locais certamente fazem o possível para reprimir os gays.
A punição para as lésbicas que se envolvem em um relacionamento consensual é de 100 chibatadas. Uma mulher pode ser punida até três vezes sendo que, depois da quarta, segundo a lei, ela é condenada por não ter se arrependido. Ela é, então, executada. Homens homossexuais são condenados à morte e executados.
(P.C.)

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